segunda-feira, 29 de junho de 2009

Do que é feito um ídolo?

Em rotineiras e exigentes virtudes, me rebati com um estudo a respeito de como as pessoas, ou melhor, como os famosos conseguem manter sua fama, mesmo sem fazer algo notório por algum tempo. A conclusão foi espantosa, eu me senti um pequenino diante dos superficiais motivos aos quais moldamos nossas vidas, mesas de farras e, na pior das hipóteses, espaços educacionais.

A necessidade de termos algo em comum nos levou – com um empurrãozinho da nossa amiga de sempre, a tevê – a um “kupus” vicioso, isto é, nos direcionou uma comunicação em forma circular e, com um diâmetro não merecedor de cálculos, é essa a ação que assegura ibopes e feijão com arroz nas mesas dos astros desastrados. A simples gula – “tá bem”, não é tão simples assim – a compunção ou desejo de calar a boca de um amigo ao falar mal do seu ídolo é a real forma de revigorá-los, é o ato de mantê-los nas capas, contracapas e outdoors das mais movimentadas vias. Exemplo disso - antes de tudo - com a permissão dos credores... É o Michael, Astros POP, depois do óbito, verão quão será a renda das suas marcas.

Devo admitir que a princípio ser alguém famoso é trabalhoso. Mostrar para um grupo que o se faz é merecedor de tietagens é - sem dúvida alguma - um ato de poucos. Porem nosso objetivo de “desmascaração” não é como se tornaram, e sim, porque ainda são. Poderia acabar essa indaga agora com o simples fato de olhar para o calendário e ver que há 2009 anos que contamos dias de vida, dor, alegrias e morte a partir de um grande acontecimento, acabando assim com os pilares da sociedade que nada cria, que leva a teoria do nada se perde, nada vem do nada. Ainda acho que um dia largo essa vida e viro hippie - simplesmente - por me pedirem exemplos, porque isso, porque aquilo, blá-blá-bla!

A superficialidade, portanto migra por regiões “sinápiscas”, quem me dera não ser uma sazonal! O descaso com as reais intenções é a queda da primeira pedra do dominó, é, aquele dominó enfileirado com as mais nobres forças dos que lutaram por mentes mais abertas - não queriam sensitivos - mas seria bom um olhar por traz de tudo que empurram nos nossos corações, e assim, tornarmos alerta dos reais, reais e reais motivos.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Jack Soul Brasileiro

Esta semana, algumas ações me levaram à ascensão - musicalmente falando - sai um pouco dos meus vícios, “dos quais me orgulho” e comecei a ouvir Jazz, Blues, Folk, Forró, não o estilizado, mas o do filho do Seu Januário, entre outros, sabendo do nível musical que ganharia e que não seria apenas um teste, afinal falei em evoluir e clarear para tudo o que me fez ser o que sou, musicalmente falando, oxente.

No início do mês, toquei junto com a minha banda – minha banda, que humilde em! Apresentamos-nos na maior festa da minha cidade; a culturesca e desbravadora Cantoria de São Gabriel, a nossa apresentação estava recheada de Pop-Rock, MPB e Reggae, eu acho que fomos bem, os maiores críticos de lá falaram a favor, isso me deixou muito orgulhoso do que nos tornamos. Cortar condões umbilicais às vezes tem resultados, foi assim que recebemos aplausos e um caloroso, ah nossa, como os meninos evoluíram, a questão de evoluir é mero ponto de vista, sei que não agradamos a todos. Só para ligar esse parágrafo ao inicial, uma noite antes o maior representante do Folk legitimamente brasileiro se apresentou - ao meu ponto de vista é claro - Zé Geraldo manda bem, como fala o próprio, falou malandro, ê Minas Gerais.

Quando começamos com o nosso movimento banda de garagem, sonhos alheios né? Fazíamos covers de bandas de rock. Agora entende o “ah como os meninos evoluíram”? Pois, com isso aí, nunca que deixo passar a questão do: até que ponto devo dar valor só às minhas coisas, até que ponto a minha cultura é mais cultural, até onde vou com o xenofobismo. Sandices a parte, comparar com homeopatas não me darão as respostas; nunca se sabe qual a dose que mata ou qual a dose que cura, assim – ainda basta só com o; ah, como eles tocaram as coisas que gostamos. Sem mais delongas -admito o que não admitia.

Só sei que foi assim. Apegar-me a historia poderia explicar essa mobilidade cultural, porem é da natureza humana, ou melhor, é da gente brasileira; um povo que tem muitas opções culturais, sorrisos para dar – com isso fica difícil - poderia tocar axé, brega, forró, funk, e mesmo assim agradaria. O que pega mesmo são as tachações. Quem disse que não posso tocar Rock no Nordeste, quem disse que não posso tocar Jazz no Brasil, quem disse que não posso dar uma guitarra de presente ao invés de um berimbau. Exclamo tudo isso, mas minha gente, aja com o bom censo.