segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

E agora José.


Nunca que uma quarta-feira foi tão esperada, falo isso, pois a expressão carnavalesca do meu povo não é uma das mais culturais. É perceptível, que o meu ponto de vista vai de contra a definição de cultura, que por sua vez, junto à antropologia fala que qualquer forma de manifestação humana se torna “cultura”.



Ainda assim, tenho argumentos para difundir a necessidade de algo a mais, não com a mesma ferocidade de algumas musicas carnavalescas de hoje, alias não só no carnaval, mas de todos os momentos - afinal - dizem que na Bahia carnaval é o ano todo, já basta ser chamado de preguiçosos e ter fama de burro, graça a alguns aí. Então, como já foi dito e sempre vamos ouvir: a Bahia não é só isso minha gente! essa impregnação que temos de pegar o que chama mais a atenção, -“(pra muitos)”- e estereotipa num todo, tem que acabar. Afinal de contas tenho certeza que os bárbaros, como era chamado qualquer povo que não fosse Romano, tinha muito mais de que pele em seus corpos.



Em leituras anteriores vi a preocupação de mestres em relação às dádivas nordestinas, com a invenção do forro estilizado. Com isso, podemos falar que o samba estilizado, o pagode e o axé estilizado estão em alta, e moldando mentes promissoras, mais do que nunca. Tem até graça – depois da preocupação, depois do nervosismo, do desespero, do desprezo e depois disso tudo vem à sátira. Podemos dizer que as fronteiras culturais hoje estão muito mais sucateadas, muito mais craques em dribles, nem comento os embargos ao chegarmos a outros países – não preciso ir tão longe. A sensibilidade musical praticamente não existe, usam de instrumentos fascinantes, técnicas muito apuradas, músicos muito bem estudados, isso deveria dar qualidade a musica, no entanto não passam de cacofonias e a desvalorização moral, histórica e social.



Então, da forma que falei da baixa cultura, uma forma que deixasse a idéia de grandeza, no entanto grande mesmo é a boa cultura, prova disso são as exportações, cansamos de ver nossas musicas – musica que vale a pena ouvir, que desperta algo mais quebradinhas de chanas em asfaltos – serem interpretadas, e que interpretação em, nas festas de hoje. Apologia hoje à cultura sensata pode dar idéia de coisa antiquada, de coisa ultrapassada, queria eu não ouvir isso ai ao sair de casa, mas, porem, no entanto, todavia e sem fazer comparação com culturas de outros estados, a nossa, afinal de contas por preocupação com os meus – a forma que a nossa maioria expressa à cultura tem que diferenciar, tem que acabar essa fama aí.


Um comentário:

  1. olá,
    também concordo q essa visão batida da cultura baiana, tem q mudar!!!
    mesmo q um tanto superficial...
    afinal de contas, nós tocamos berimbau, e outros instrumentos....
    kkkkkkkkk
    bobeira minha...
    kkkkk

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